COMO UM INTERCÂMBIO PODE INFLUENCIAR NA VIDA DO JOVEM

Elvis Rodrigues

Um intercâmbio pode deixar inúmeras experiências na vida de um jovem e o contato com outra língua, com outra cultura pode trazer novos conhecimentos. Mas, muitas pessoas não sabem o que fazer quando decidem ir para outro país seja para estudar inglês, para fazer um intercâmbio cultural ou para ser au pair - quando você vai para outro país para trabalhar como babá. Para dar respaldo a essas pessoas, que não sabem como proceder diante de tantas opções, existe agências de intercâmbio para fazer todos os trâmites necessários para quem busca estudar fora do país.

FOTO: Arquivo pessoal/Juliana Menezes

"Para quem está procurando um intercâmbio, primeiro tem que pesquisar o destino, conhecer o país que você quer morar dentro desse determinado período, a cultura do local se ela se enquadra no seu perfil, se você gosta de praia, de calor, de frio, se você gosta de cidade pequena ou movimentada. Tudo isso é importante definir como um primeiro passo", explica a empresária no ramo de intercâmbio, Renata Honorio.

Para a analista de negócios Juliana Menezes fazer seu intercâmbio para o Canadá essa ajuda foi essencial. "Ter um suporte, um direcionamento é muito importante e me deixou muito mais segura. Tudo eu resolvi com intermédio de uma agência e é muito mais seguro, é muito mais confiável quando a gente tem um apoio. Então, ter um suporte, seja da escola ou de uma consultoria é muito importante. Eu diria que é indispensável", conta.

Mesmo com as várias opções de intercâmbio que existem a mais procurada continua sendo o curso de inglês e as pessoas tem preferido o Canadá desde que o câmbio mudou, e o dólar ficou mais caro, bem como os cursos tendem a serem mais baratos do que em outros países de língua inglesa e, que são mais distantes do Brasil. Mas, isso não diminui a importância do intercâmbio na vida do jovem. A Juliana fala do quão importante é fazer um intercâmbio e o que ele traz de positivo na vida de quem o faz. " Muito mais que conhecer uma nova língua ou buscar a prática - e realmente a gente aprende quando vai lá fora - e conhecer cultura, muito mais que isso é o que o intercâmbio nos proporciona abrindo nossa mente. Eu voltei muito diferente, muito mais madura com sonhos muito maiores. O intercâmbio muda os seus planos completamente, então eu aconselho que as pessoas possam ter essa experiência para abrir sua mente para ter sua visão mais ampla para novos horizontes, para não ter medo de arriscar, não ter medo do novo, não ter medo do conhecimento", comenta.

FOTO: Arquivo pessoal/Juliana Menezes - Chinatown

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JUVENTUDE POSSUI PODER PARA MUDAR CENÁRIO POLÍTICO

Jennifer Panicacci

Enquanto alguns reclamam do cenário político brasileiro, outros buscam o candidato ideal para depositar o seu primeiro voto. Os carros eleitorais e suas paródias estão rodando por todos os lados, aguçando o interesse público e, inclusive dos jovens. Mas será que a juventude de hoje pode mudar a cara da política brasileira?

Segundo o Professor de História, Alesson Nunes, o jovem não só pode, como já mudou. “Alguns exercem esse papel de forma primária, como as ocupações das escolas no Estado de São Paulo no ano de 2015, onde conseguiram desqualificar a política do Estado, freando o movimento do governo, ou seja, um grande passo mostrando o poder que eles têm. O jovem tem um papel importante, principalmente, por chamar a atenção dessa “nova” sociedade. Historicamente falando, temos o exemplo da atuação do jovem no golpe militar de 1964 a 1984, onde os jovens tiveram um papel fundamental por terem conhecimento da causa, do que realmente acontecia, e acabaram sofrendo muito com isso.” Explica Alesson.

O assunto é sério. Muito se ouve falar em lavagem de dinheiro, corrupção e desinteresse por parte do regime governamental, pontos negativos que atingem a visão pública com relação à política. “Nas últimas eleições não tenho votado em ninguém, me abstenho totalmente dos votos, não dou a mínima para política. Afinal, vão todos roubar do mesmo jeito!” como expressa o jovem Cristiano Marcel.

A perspectiva do jovem Cristiano, de 20 anos, se iguala ao pensamento de muitos eleitores, como explica a socióloga Gabriela Garcia. “Partindo do processo histórico, a política em si, ela tem que ser vista por todos como um processo de organização. Infelizmente, no cenário político que nosso país se encontra hoje, a política está um tanto quanto desgastada, devido à politiqueiros que transformaram o regime no cenário em que se encontra hoje. Então, eu vejo que isso é desestimulante para o jovem, porque o jovem analisa a política de uma forma politiqueira, como pessoas que querem se dar bem sem fazer absolutamente nada.” Ressalta a socióloga.

“O que me motivou a tirar meu título com dezesseis anos, foi a importância do voto que é fundamental para a mudança do meu município, ajudando a formar uma ótima gestão. Eu imagino que o voto dos jovens é muito importante, não só para o país, mas para o mundo todo, afinal, como todos dizem, o futuro pertence a nós.” Explica a estudante, Thayla.

Para Thayla, a participação social é vista como um ato político que induz jovens a envolverem-se mais com a política, isso porque deixam de associa-la à governos e partidos e passam a vê-la como uma contribuição pública. Mas afinal, qual o papel da escola no engajamento político dos jovens?

“A escola é importante a partir do momento em que ela dá as diretrizes para os jovens no sentido de entender o que é cidadania, e o papel do jovem na sociedade, não só como aluno mas como um formador de opinião e um agente na construção da grade curricular das políticas públicas.” Agrega o professor Alesson.

Diante do que foi explicado, podemos concluir que não só o jovem como todos os membros da sociedade podem mudar o futuro do país através das urnas, é um grande poder em mãos, poder usufruir dos seus direitos como cidadão e fazer parte de uma democracia.

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ASSOCIAÇÃO CULTURAL E AMBIENTAL CHICO MENDES FAZ CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS COM JOVENS

Mayara Karoline

Localizada na grande São Paulo, a Associação Cultural e Ambiental Chico Mendes demonstra grande preocupação com o meio ambiente, questões envoltas a sustentabilidade e como a juventude pode contribuir para um mundo ecologicamente melhor. Fundada em janeiro de 2005, inicialmente por cinco moradores, a Associação era formada em grande parte por mulheres, com o tempo houve a necessidade e preocupação com assuntos voltados à cultura, meio ambiente e sustentabilidade. Foi então que de fato, surgiu a Associação Cultural e Ambiental Chico Mendes, que tinha como principal finalidade sensibilizar, despertar e mobilizar adolescentes para práticas que favorecessem a sustentabilidade, através de ações socioambientais, econômicas, culturais e educativas.

FOTO: Karla Lira

Quando o assunto é educação ambiental, meio ambiente e sustentabilidade poucos são os que conseguem definir tais termos, talvez já até tenham ouvido falar em programas de tevê, rádio, jornais ou em um simples bate papo com os amigos. Pois é, pode parecer algo difícil de acreditar, mas a realidade infelizmente é essa, e da mesma forma com que grande parte da população não saiba dizer o que significa os termos mencionados acima, tampouco são adeptos de causas que visem reduzir os impactos ambientais.

Nesse sentido, nos perguntamos até que ponto a educação ambiental é um fator importante para contribuir na formação de jovens e adultos mais conscientes e de que forma as escolas e políticas públicas mais eficientes podem auxiliar nesse longo processo de conscientização? Pois é, o assunto é mais sério do que imaginamos.

“Para você formar uma sociedade com este grau de consciência, com práticas mais sustentáveis onde não se consuma apenas por impulso e modismo, a educação ambiental tem que ser a base. Tem que ter um início e esse início deve acontecer com as crianças, quando ela está aprendendo e automaticamente o aprendizado na juventude”, afirma a bióloga e mestre em análise geoambiental, Daniele Marques, presidente da Associação.

Através do trabalho de educação ambiental, a instituição que atua sem fins lucrativos, propicia aos jovens e demais moradores da região um novo modelo de desenvolvimento local, cultural e humano, que gere oportunidades e qualidade de vida, respeitando o meio ambiente e que mantenha a cultura local. A intenção é fazer com que estes jovens reflitam de que forma suas atitudes podem contribuir para um mundo melhor e mais justo.

Arnaldo Morais, que faz parte da Instituição há dois anos, afirma que para ele educação ambiental e sustentabilidade “Significa o nosso futuro, porque se não tiver isso o mundo vai virar uma desordem, não vai ter mais verde, não tem mais vida, não há mais preservação. Depois que entrei para o projeto, eu mudei meu modo de pensar, as minhas ações no dia a dia mudaram também, antes eu não sabia nem o que era meio ambiente, sustentabilidade e hoje vejo que tudo isso faz parte de mim. Hoje eu sei explicar sobre o assunto e quero que todos também ajudem o meio ambiente, que façam coisas boas assim como eu faço”, comenta o estudante de 17 anos, feliz por fazer parte dos projetos desenvolvidos pela Associação.

FOTO: Karla Lira

“Acredito que há um movimento no sentido de ampliação da consciência sobre a importância de Gaia e de nossa conexão com o planeta. A maioria das pessoas desconhece ou negam o que está acontecendo com relação ao aquecimento global e o uso indevido dos recursos naturais. Poucas pessoas cuidam do planeta como parte de si”, explica Chirles Oliveira, pesquisadora e mestre de comunicação e práticas de consumo, sustentabilidade e responsabilidade social.

É necessário que haja um engajamento maior de ambas as partes, e que isso se dê, principalmente através dos governos com a criação de políticas públicas que sejam realmente eficazes. Mas enquanto isso não acontece, é importante que cada um faça sua parte e contribuía para construir um futuro melhor, e quem sabe ainda dê tempo de tentarmos salvar nosso planeta.

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